Jesus não deixou um só discipulo
com capacidade para prosseguir sua obra.
As primeiras comunidades,
compostas quase que exclusivamente de judeus “proletários”, viveram ou de
acordo com um sistema comunista ou no espírito do ideal comunista. Havia judeus
que se orgulhavam da pobreza. Eram os “abionistas”, os miseráveis, os portadores
da justiça social.
“Não se pode servir ao mesmo
tempo a Deus e a Mamon” – dissera Jesus, a seus discípulos, na linguagem
simples e concisa. “Nas comunidades cristãs vivia-se segundo regras comunistas,
ou, ao menos, procurava-se atingir esse ideal”.
“Todos os que adotavam a fé
cristã viviam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam os bens e repartia entre
si o produto da venda, de acordo com as necessidades de cada qual”. (Atos dos
Apóstolos)
“A massa de crentesa formava um
só coração e uma só alma. Ninguém dizia que os bens eram propriedades de
particular. Tudo pertencia a todos”.
Ser rico era uma vergonha. A
pobreza era considerada um privilégio divino.
Epistola de Tiago: “Para que serve
a fé – diz ele – quando não se praticam boas ações? A fé por si mesma pode nos
salvar?”
Mostra a hipocrisia dos cristãos
ricos em relação aos cristãos pobres e declara: “A fé, sem obras, nada vale”.
Lembra aos ricos que os pobres
são eleitos de Deus.
“Eis porque os ricos choram,
quando se lembram da miséria que os espera. Vossas riquezas, oh! Ricos,
entrarão em decomposição. Vossas roupas luxuosas ficarão podres e serão
devoradas pelos vermes. Vosso ouro e vossa prata serão corroídos pela ferrugem.
Porque todos os ricos acumulam tesouros roubando os salários dos operários que
lavram os campos. E a queixa dos espoliados chegou aos ouvidos de Deus”.
Após a morte de Jesus, as idéias
comunistas ainda exerciam certa influência no seio das comunidades cristãs.
Condenavam a propriedade privada,
a opressão estatal, o serviço militar e o patriotismo.