sábado, 31 de março de 2012

As classificações...

Toma cuidado com a generalização a respeito de dividir a História em Pré-História e História. Geralmente o estudo nominado Pré-História é quando os povos desconheciam a escrita. Mas, refletindo sobre esse assunto qual terá sido o benefício social para a massa de um povo, para a classe trabalhadora dessas sociedades onde se elaboraram sistemas gráficos?
O avanço no registro cultural foi aproveitado pela sociedade como um todo?
Se verificarmos, de modo geral durante vários milênios, a escrita e também o metal foram privilégios apenas de uma parcela da população. A massa das sociedades permaneceram iletradas até pelo menos a Revolução Industrial do século XVIII/XIX.
Uma outra descoberta, por certo, foi muito mais revolucionária e muito mais significativa do que  a invenção da escrita: o controle do fogo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Quem tem medo da História?

Para respondermos a uma questão como essa, precisamos fazer uma análise de consciência:
Quem somos nós?
Somos homens e mulheres que vivemos no contexto da Civilização Ocidental.
E essa circunstância encerra um significado bastante importante: vivemos uma época de crise, uma crise global que envolve aspectos de nossa vida... enfim, uma crise do Homem.
Você sente e percebe esta crise no seu dia a dia ?
Por que está acontecendo isto?
Esta crise, antes de tudo, compreendida, para que possamos superá-la, principalmente, porque ela não é individual, mas social, coletiva.
Vamos, então, procurar compreender nossa existência...
Se pudessemos com facilidade responder: De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? Enfim, se fossemos os senhores dos nossos destinos, precisaríamos tanto temer a vida?

A vida é tansformação, e não devemos temê-la por isso. Precisamos, sim lutar contra tudo que procura deter a vida, deter a transformação. Precisamos sempre lutar contra as forças de permanência... Este será sempre o nosso desafio: nossa maneira de ser e de viver está condicionada pela estrutura da sociedade em que vivemos, e o desafio que precisamos enfrentar serão as forças de permanência e de mudança que condicionam nossa maneira de agir e de pensar...

Quem faz história mesmo? Homens e mulheres vivos.
Para fazer história precisa é fundamental estar vivo. Poderiam dizer que quem faz a História é a humanidade, ou seja, o ser humano. Mas é muito generico dizer ser humano, preciso identificar quem faz História.
Vamos definir que quem faz História são homens e mulheres que precisam estar vivos, para estar vivo precisa de algumas cooisas, Marx diria o primeiro ato do homem comer, beber, morar.
Precisa continuar a vida com a reprodução, ou seja, filhos. Esses também tem que comer, beber e morar.
Para estar vivo, produzir e reproduzir a vida precisa comer, beber e morar.
Onde encontremos os produtos para a sobrevivência de homens e mulheres? Alguns responderam que no mercado.
Não.
Precisam de homens e mulheres que plantem, colham, trabalhem na industria para chegar até o mercado os produtos.

Quem somos produtores de mercadorias.


quarta-feira, 28 de março de 2012

As descobertas

Você pode imaginar como foi feita as descobertas? Foi tateando, cheirando, ouvindo - enfim, foi experimentando - que pode saber, por exemplo, que aquelas pedras duras, encontradas em tamanha abundância, quando batidas com força, tinham a propriedade de se rachar em estilhaços mais ou menos grandes, e que, ao serem afiadas com golpes pequenos, podiam servir como facas cortantes, cunhas, armas etc.
Veja o quanto isso é maravilhoso: você já experimentou fazer qualquer coisa desse tipo? Já sentiu a emoção de ver um trabalho seu pronto e sendo usado todos os dias?
Imagine o que sentiam nossos ancestrais ao descobrirem todas essas coisas. Ao sentirem que eles estava construindo o mundo!
Sensação fascinante, não é?
O Homem sente vida vibrando dentro de si e isso o faz construir, criar coisas, ou melhor, dar vida às coisas.
(...)
Vimos que o Homem ao trabalhar se torna um ser pensante e sensível.
(...)
Assim, podemos dizer que "o Homem cria, não apenas porque quer, ou porque gosta, e sim porque precisa; ele só pode crescer, enquanto ser humano, coerentemente, ordenando, dando forma criando". (Ostrower, F., op. cit., pág. 10)

O conflito entre o individualismo e as questões coletivas

Você é um indivíduo, com características muito suas; apesar do seu potencial de inteligência e sensibilidade, você só se desenvolverá como ser humano, como pessoa, a partir dos padrões culturais de seu grupo. Esses padrões você assimilará num lento processo a que chamamos socialização, isto é, você terá de aprender o modo de vida do seu grupo.

Quando você traça um quadro do homem atual, vimos o quanto el está desestruturado, perdido em emio a tudo que criou. A insegurança, o tédio, o vazio são os sentimentos mais comuns de nossa época.
Mas temos muitos avanços...
Ora, afinal de contas, o Homem não domina hoje uma tecnologia altamente desenvolvida, capaz de resolver todos os seus problemas?

Procure perceber o perigo dessas generalizações: o Homem está indo à Lua.

Mas que homem? Todos os homens estão indo a Lua? Ou apenas determinados homens...
O mesmo se dá quando pensamos em problemas mais sérios, como , por exemplo, os da alimentação e da alfabetização.
Quando observamos em alguns países ou até mesmo alguns estados, percebemos que o mais grave se relaciona com as diferenças de nível de vida, condições de nutrição e saúde.
Isso, é o mesmo que dizer que existe abundância, riqueza para alguns, e fome, miséria e analfabetismo para a grande maioria.
Logo, os progressos técnicos e científicos não são usufruídos por todos os homens, mas apenas por alguns privilegiados.
Agora, pensemos no processo de trabalho desenvolvido em nossa civilização.
A maioria das pessoas recebe um salário para realizar tarefas de que, na maioria das vezes, não percebe o sentido. Como ter prazer em um trabalho onde apenas se aperta um botão para que uma enorme prensa de metal dê uma côr, a qual não foi ele quem escolheu, a um tecido que talvez nunca veja pronto, e, caso o veja, talvez não o reconheça, pois passou ainda por outras máquinas, modificando-se muito até ficar pronto?
(...)
Hoje, apenas alguns homens se sentem donos do mundo. E são esses homens que determinam o que e como deve ser construído, segundo seus interesses econômicos.
Como, então, fazer isso? Como trabalhar com prazer?

segunda-feira, 26 de março de 2012

Quem somos nós?

De que forma o "Homem se fez Homem"?
Mas, o que o fez Homem? Seu cérebro desenvolvido ou o fato de fazer o que precisava para sobreviver?

"(...) o Homem encontra sua humanidade ao realizar tarefas essenciais à vida humana e essencialmente humanas".

A frágil constituição física do Homem permite-lhe uma capacidade de adaptação a qualquer ambiente: ele pode adaptar-se a quaisquer ambiente: ele pode adaptar-se a quaisquer circunstâncias novas e às constantes mudanças.
Assim, o Homem para sobreviver tem a necessidade de fazer casas, roupas, ferramentas adequadas às circunstâncias específicas do ambiente em que vai viver.
Por isso, podemos dizer que "da fragilidade do Homem nasce sua própria força", pois as diversas técnicas que desenvolve ampliam as possibilidades de seu próprio corpo.

Observe: Esse agir sobre a Natureza exige do Homem um conheciemnto das diversas matérias-primas disponíveis. Isso, é claro, leva-o a pensar sobre os possíveis modos de agir, as várias maneiras de transformar a matéria-prima.

(...) Ou seja, é o próprio Homem quem percebe o que precisa: aquecer-se ou cozinhar um alimento.

(...) Por tudo isso, o Homem tem de desenvolver uma consciência de si mesmo e de tudo que o cerca. E ao se tornar consciente de sua existência individual percebe também sua existência social - pois ao trabalhar, ao agir sobre a Natureza, não o faz sozinho, mas age juntamente com outros homens, com os quais convive. Esse convívio, ou seja, as relações que se estabelecem entre os homens nesse trabalho, vai depender, assim, do modo como se organiza a produção dos bens necessários à sobrevivência do grupo. Esse convívio será também a única forma de transmissão do modo de agir do grupo, pois todo homem, ao nascer, passa por um processo de socialização que lhe permite aprender o modo de vida, do grupo, ou seja, a forma de produção, organização política e social, enquanto assimila costumes, atitudes, formas de pensar (...)
Então, o que podemos concluir de tudo isso é que o Homem é o único ser que faz cultura. Enquanto é a vida que se manifesta no animal, o Homem e quem manifesta vida.
Afinal, podemos agora compreender o que é Cultura - a maneira de manifestar vida de um grupo humano. É o conjunto das diversas "formas naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte". (Ostrower,F., op. cit., pág. 13)

sábado, 24 de março de 2012

A História é um profeta com o olhar voltado para trás...

"Pelo que foi, e contra o que foi anuncia o que será". Eduardo Galeano

O profeta é um homem que, como os demais, vive o presente, e viver o presente significa ter consciência da realidade vivida. E ter consciência da realidade significa conhecer o processo histórico que forjou as condições de vida do presente, ou melhor, é conhecer o passado, cujos traços ainda se podem perceber no presente, é conhecer as transformações por que passou e ainda passa a sociedade em que se vive.
E o que vem a ser um profeta?
Profeta é aquele que fala sobre o futuro: mostra, às vezes através de uma linguagem metafórica e geralmente apocalíptica, o que ainda está por contecer. Ora, por que o profeta é capaz de fazer isso? Seria ele um privilégiado, um gênio?
Não, ele é apenas um homem que , conhecendo o passado e, portanto, tendo consciência clara da realidade vivida no presente, pode perceber as tendências das transformações sofridas pela sociedade em que vive - pode, enfim, prever o futuro.
Agora, pense um pouco... Essa possibilidade de compreensão do contexto em que se vive tem sido privilégio de alguns poucos homens. Hoje, no século XXI, podemos perguntar: o que poderia contribuir para permitir essa percepção a muitos homens? Como fazer de todos os homens o profetas de seu tempo?
Se todos os homens de uma sociedade puderem ter consciência clara da realidade vivida por eles, e dessa foram perceberem as tendências das transdformações sociais, terão consciência também do seu poder de transformar o mundo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Para fazer história o homem precisa estar vivo...

(...)
Mas, para viver, precisa-se, antes de tudo de comida, bebida, moradia, vestimenta e algumas coisas mais. O primeiro ato histórico é, pois, a produção dos meios para a satisfação dessas necessidades, a produção da própria vida material, e este é, sem dúvida, um ato histórico, uma condição fundamental de toda a história, que ainda hoje, assim como há milênios, tem de ser cumprida diariamete, a cada hora, simplesmente para manter os homens vivos. (Para fazer história).
(...)
O segundo ponto é que a satisfação dessa primeira necessidade, a ação de satisfazê-la e o instrumento de satisfação já adquirido conduzem a novas necessidades. (Por exemplo a produção de ferramentas).
(...)
A terceira condição que já de início intervém no desenvolvimento histórico é que os homens, que renovam diariamente sua própria vida, começam a criar outros homens, a procriar - a relação entre homem e mulher, entre pais e filhos, a família. Essa família, que no início constitui a única relação social, torna-se mais tarde, quando necessidades aumentadas criam novas relações sociais e o crescimento da população gera novas necessidades, uma relação secundária ... e deve, portanto, ser tratada e desenvolvida... (Ex. quando a necessidade dessa família ultrapassa a sua produção, a família não supri suas necessidades, ela procura outras relações de troca, ou seja, compra e venda de produtos, e portanto se constitui outra relação social além da família).
(...)
A produção da vida, tanto da própria, no trabalho, quanto da alheia, na procriação, aparece desde já como relação dupla - de um lado,como relação natural, de outro como relação social - , social no sentido de que por ela se entende a cooperação de vários indivíduos, sejam quais forem as condições, o modo e a finalidade. Segue-se daí que um determinado modo de produção ou uma determinada fase industrial estão sempre ligados a um determinado modo de cocoperação ou a uma determinada fase social - modo de cooperação que é, ele próprio, uma "força produtiva" -, que a soma das forças produtivs acessíveis ao homem condiciona o estado social e que, portanto, a 'história da humanidade" deve ser estudada e elaborada sempre em conexão com a história da industria e das trocas.
(...)
Mostra-se, portanto, desde o princípio, uma conexão materialista dos homens entre si, conexão que depende das necessidades e do modo de produção e que é tão antiga quanto os próprios homens - uma conexão que assume sempre novas formas e que apresenta assim, uma "história", sem que precise existir qualquer absurdo político ou religioso que também mantenha os homens unidos.
(...)
Desde o início, portanto, a consciência já é um produto social e continuará sendo enquanto existirem homens.
(...)
A divisão do trabalho só se torna realmente divisão a partir do momento em que surge uma divisão entre trabalho material e [trabalho] espiritual ( ou seja, intelectual). A partir desse momento, a consciência pode realmente imaginar ser outra coisa diferente da consciência da práxis existente, representar algo realmente sem representar algo real - a partir de então, a consciência está em condições de emancipar-se do mundo e lançar-se à construção da teoria, da teologia, da filosofia, da moral etc. "puras". (Com a divisão do trabalho material, concreto, do trabalho intelectual das idéias um se afasta do outro ao ponto de se criar idéias que não condizem com a realidade, ou idéias que é de um grupo e se generaliza para a totalidade, ideologia).
(...)
Com a divisão do trabalho, na qual todas essas contradiçõs estão dadas e que, por sua vez, se baseia na divisão natural do trabalho na família e na separação da sociedade em diversas famílias opostas umas às outras, estão dadas  ao mesmo tempo a distribuição e, mais precisamente, a distribuição desigual, tanto quantitativa quanto qualitativamente do trabalho e de seus produtos; portanto, está dada a propriedade, que já tem seu embrião, sua primeira forma, na família, onde a mulher e os filhos são escravos do homem. A escravidão na família, ainda latente e rústica, é a primeira propriedade, que aqui, diga-se de passagem, corresponde já à definição dos economistas modernos, segundo a qual a propriedade é o poder de dispor da força de trabalho alheia. Além do mais, divisão de trabalho e propriedade privada são expressões idênticas - numa é dito com relação à própria atividade aquilo que, noutra, é dito com relação ao produto da atividade.

a) é precisamente dessa contradição do interesse particular com o interesse coletivo que o interesse coletivo assume, como Estado, uma forma autônoma, separada dos reais interesses singulares e gerais e, ao mesmo tempo, como comunidade ilusória, mas sempre fundada sobre a base real dos laços existentes em cada conglomerado familiar e tribal, tais como os laços de sangue, a linguagem, a divisão do trabalho em escala ampliada e  demais interesses - e em especial, como desenvolveremos mais adiante, fundada sobre as classes já condicionadas pela divisão do trabalho, que se isolam em cada um desses aglomerados humanos e em meio aos quais há uma classe que domina todas as outras. Daí se segue que todas as lutas no interior do Estado, a luta entre democracia, aristocracia e monarquia, a luta pelo direito de voto etc. etc. , não são mais do que formas ilusórias da comunidade - em geral, a forma ilusória da comunidade - nas quais são travadas as lutas reais entre as diferentes classes ..., e, além disso, segue-se que toda classe que almeje à dominação, ainda que sua dominação, como é o caso do proletariado, exija a superação de toda a antiga forma de sociedade e asuperação da dominação em geral, deve primeiramente conquistar o poder político, para apresentar seu interesse como o interesse geral, o que ela no primeiro instante se vê obrigada a fazer. É justamente porque os indivíduos buscam apenas seu interesse particular, que para eles não guardam conexão com seu interesse coletivo, que este último é imposto a eles como um interesse que lhes é "estranho" e que deles "independe", por sua vez, como um interesse "geral" especial, peculliar; ou, então, os próprios indivíduos têm de mover-se em meio a essa discordância, como na democracia.

 Por outro lado, a luta prática desses interesses particulares, que se contrapõem constantemente e de modo real aos interesses coletivos ou ilusóriamente coletivos, também torna necessário a ingerência e a contenção práticas por meio do ilusório interesse "geral" como Estado.

Além disso, com a divisão do trabalho, dá-se ao mesmo tempo a contradição entre o interesse dos indivíduos ou da famílias singulares e o interesse coletivo de todos os indivíduos que se relacionam mutuamente; e, sem dúvida, esse interesse coletivo não exsite meramente na representação, como "interesse geral", mas, antes, na realidade, como dependência recíproca dos indivíduos entre os quais o trabalho está dividido. E, finalmente, a divisão do trabalho nos oferece de pronto o primeiro exemplo de que, enquanto os homens se encontram na sociedade natural e, portanto, enquanto há a separação entre interesse particular interesse comum, enquanto a atividade, por conseqüência, está dividida não de forma voluntária, mas de forma natural, a prórpia ação do homem torna-se um poder que lhe é estranho e que a ele é contraposto, um poder que subjuga o homem em vez de por este ser dominado. Logo que o trabalho começa a ser distribuído, cada um passa a ter um campo de atividade exclusivo e determinado, que lhe é imposto e ao qual não pode escapar; o indivíduo é caçador, pescador, pastor ou crítico, e assim deve permanecer se não quiser perder seis meio de vida - ao passo que, na sociedade comunista, onde cada um não tem um campo de atividade exclusivo, mas pode aperfeiçoar-se em todos os ramos que lhe agradam, a sociedade regula a produção geral e me confere, assim, a possibilidade de hoje fazer isto, amanhã aquilo, de caçar pela manhã, pescar à tarde, à noite dedicar-me à criação de gado, criticar após o jantar, exatamente com minha vontade, sem que eu jamais me torne caçador, pescador, pastor ou crítico.

O comunismo não é para nós um estado de coisas ... quew deve ser instaurado, um Ideal para o qual a realidade deverá se direcionar. Chamamos de comunismo o movimento real que supera o estado de coisas atual. As condições desse movimento ... resultam dos pressupostos atualmente existentes.
(...)
O poder social, isto é,  a força de produção multiplicada que nasce da cooperação dos diversos indivíduos condicionados pela divisão do trabalho, aparece a esses indivíduos, porque a própria cooperação não é voluntária mas  "natural", não como seu próprio poder inificado, mas sim como uma potência "estranha", situada fora deles, sobre a qual não sabem de onde veio nem para onde vai, uma potência, portanto, que não podem mais controlar e que, pelo contrário, percorre agora uma seqüência particular de fases e tapas de desnvolvimento, independente do querer e do agir dos homens e que até mesmo dirige esse querer e esse agir.
Karl Marx - Friedrich Engels - A IDEOLOGIA ALEMÃ - Os parentes foram reflexões pessoais, os negritos também.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Aqui está quem também prefere morrer muitas vezes a se calar ou se omitir...

Consideramos que o ato de examinar a existência humana e sua participação na História sem cair no campo da curiosidade, do tendencioso, do enfadonho ou do exótico, ou seja, a coragem de examiná-la sob a luz da consciência espiritual, exige que seres humanos assumam os riscos de exporem suas idéias e sentimentos acerca do que se passa ao seu redor e do que está além do visível, do tangível. Assim ocorreu com todos os sábios desde tempos remotos. Muitos foram condenados à morte ou os manicônios. Um dos maiores respondeu aos seus algozes no tribunal que o condenou à morte:
"Absolvendo-me ou não, não farei outra coisa, nem que tenha de morrer muitas vezes. Dessa forma, parece que Deus me designou ao mundo com a tarefa de despertar, persuadir e repreender cada um de vocês, por toda a parte, durante todo o dia. É possível que vocês, irritados como aqueles que são despertados quando no melhor do sono, levianamente me condenam à morte, para dormirem o resto da vida. Talvez senhores, o dificil não seja fugir da morte. Bem mais dificil é fugir da maldade, que corre mais veloz que a morte. Eu, preguiçoso e velho, fui apanhado pela mais lenta: a morte. Já os meus acusadores, válidos e leves, foram apanhados pela mais veloz: a maldade. Assim, eu me vejo condenados à morte por vocês; vocês, condenados de verdade, criminosos de improbidade e de injustiça. eu estou dentro da minha pena, vocês dentro da sua. Mas, já é hora de irmos: eu para a morte, e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo exceto para Deus".
GRANDE SÓCRATES!!!!

Aqui está quem também prefere morrer muitas vezes a se calar ou se omitir...