quarta-feira, 11 de julho de 2012

Comunismo Primitivo


Nas Epístolas, Sêneca, o Filósofo, descreve longamente todos os encantos da vida simples e natural do comunismo primitivo.

“Haverá felicidade maior que a dessa raça de homens? Desfrutavam em comum todos os bens da natureza, que, mãe extremosa, os defendia e os cercava de cuidados durante toda a existência. Gozavam em comum as riquezas comuns. Não eram esses homens verdadeiros ricos, já que nenhum deles era pobre? Mas, quando surgiu a cobiça, esses homens, que possuíam tudo, tudo perderam, porque tiveram a necessidade de reservar alguma coisa, de acumular bens para criar a propriedade individual. Mesmo que o homem queira corrigir o seu erro e reconquistar o que perdeu, expulsando o vizinho pela violência; ou comparando-lhe as terras, até estender seus domínios pela superfície de províncias inteiras, que, para serem atravessadas, demandam vários dias de viagem, mesmo assim, ele não voltará ao ponto de partida...

Porque no princípio não se conhecia nem a abudância, nem a falta de coisa alguma. O mais forte não esmagara ainda o mais fraco. Tudo se dividia pacificamente. E cada qual tratam o vizinho como a si próprio”.

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