Hesíodo foi o primeiro poeta
indiviadualista. È o primeiro poeta que se queixa da opressão dos humildes, da
injustiça crescente e da supremacia dos ricos.
“Oh! Quem me dera não ter vindo
ao mundo nessa quinta geração! Desejo morrer para nascer depois! Sim! Porque
estamos na Idade do Ferro, os homens vivem eternamente atormentados, durante o
dia, pelos trabalhos e as misérias e, durante a noite, pela corrupção! Os
desuses fazem amargos presságios. Entretanto, os bens e os males surgem ao
mesmo tempo. Zeus também destruirá esta geração de homens, quando os cabelos
das suas cabeças ficarem brancos. Atualmente, o pai já não é mais semelhante ao filho, nem o
filho ao pai, nem o hóspede ao hóspede, nem o amigo ao amigo,, como dantes. Os
pais, quando ficam velhos, são desprezados pelos filhos ímpios, que os
insultam, sem temer o cstigo dos deuses. Cheios de violências, os filhos não
pagam aos seus pais o preço dos cuidados que deles receberam. E uns saqueiam as
cidades dos outros. Não há mais piedade, nem boas ações. Só os violentos e
iníquos são respeitados”.
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