Quem não leu Dostoievski, deve
lêr. “Crime e Castigo” ou “O Idiota” tive o prazer de lê-los e me deparei com
personagens intensos, com uma profundidade nos temas que impressiona. Dostoievski teve a pretensão de
criar personagens perfeitos e dizia: “isso é arte”, porque reproduzir
esteriotipos é a realidade distorcida do dia a dia.
Exemplo como seus personagens se expressam:
Exemplo como seus personagens se expressam:
“- Meu senhor a pobreza não é um
pecado, é a verdade. Sei também que a embriaguez não é nenhuma virtude. Mas a
miséria, meu senhor, a miséria... essa sim, essa é pecado. Na pobreza ainda se
conserva a nobreza dos sentimentos inatos; na miséria não há nem nunca houve
nada que conserve. A um homem na miséria quase que o correm a paulada;
afugentam-no a vassouradas da companhia dos seus semelhantes, para que a ofensa
seja ainda maior, e é justo, porque na miséria sou eu o primeiro que estou
disposto a ofender a mim próprio.”
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