quarta-feira, 4 de abril de 2012

O aparecimento da Història

  " Chego a estranhar, muitas vezes, que ela seja tão monótona, pois grande parte dela deve ser invenção".
                  Catherine Morland escrevendo sobre a História  (Northanger Abbey, de Jane Austen cap. XIV)

A História, como forma de explicação, nasce unida à filosofia. Desde o inicio elas estão bastante ligadas; è a filosofia que vai tratar do conhecimento geral. Em seu inicio, o campo filosófico abrange embrionariamente todas as áreas que posteriormente se iriam afirmar como autônomas: a matemática, a biologia, a astronomia, a politica, a psicologia, etc. São os próprios gregos que descobrem a importância especifica da explicação Historia. Heródoto, de acordo com a orientação empreendida por Hecateu de Mileto, se propõe a fazer investigações, a procura da verdade. Heródoto è considerado o pai da Historia, pois è o primeiro a empregar a palavra no sentido de investigação, pesquisa. Sua obra mais antiga começa assim:
"Eis aqui a exposição da investigação realizada por Heródoto de Halicarmasso para impedir que ações realizadas palos homens se apaguem com o tempo".
Ele è o primeiro historiador grego que faz indagações entre seus contemporaneos, aproveitando, para escrever a Historia através das tradições orais e os registros escritos.
È nessa fase que o historiador passa a estar ligado à sua realidade mais imediata, espelhando a preocupação com questões do momento. Não vemos mais uma preocupação com uma origem distante, remota, atemporal (como existia no mito), mas sim a tentativa de entender um momento histórico concreto, presente ou aproximadamente passado. Há uma narração temporal cronológica, referente agora a uma realidade concreta. Não procuram mais conhecer uma realidade atemporal, mas a realidade especifica que viveu, a realidade de um determinado tempo e um determinado espaço.
A explicação não è mais atribuída a causas sobre-humanas, não são mais os deuses os responsáveis pelos destinos dos homens.
Estes começam a examinar os fatores humanos, como os costumes, os interesses econômicos, a ação do clima, etc., embora ainda se encontrem referencia aos mitos e aos deuses. (Borges, Vavy Pacheco. O que è Historia?)



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