Você é um
indivíduo, com características muito suas; apesar do seu potencial de
inteligência e sensibilidade, você só se desenvolverá como ser humano, como
pessoa, a partir dos padrões culturais de seu grupo. Esses padrões você
assimilará num lento processo a que chamamos socialização, isto é, você terá de
aprender o modo de vida do seu grupo.
Quando
você traça um quadro do homem atual, vimos o quanto ele está desestruturado,
perdido em meio a tudo que criou. A insegurança, o tédio, o vazio são os
sentimentos mais comuns de nossa época.
Mas temos
muitos avanços...
Ora,
afinal de contas, o Homem não domina hoje uma tecnologia altamente
desenvolvida, capaz de resolver todos os seus problemas?
Procure
perceber o perigo dessas generalizações: o Homem está indo à Lua.
Mas que
homem? Todos os homens estão indo a Lua? Ou apenas determinados homens...
O mesmo
se dá quando pensamos em problemas mais sérios, como, por exemplo, os da
alimentação e da alfabetização.
Quando
observamos em alguns países ou até mesmo alguns estados, percebemos que o mais
grave se relaciona com as diferenças de nível de vida, condições de nutrição e
saúde.
Isso, é o
mesmo que dizer que existe abundância, riqueza para alguns, e fome, miséria e
analfabetismo para a grande maioria.
Logo, os
progressos técnicos e científicos não são usufruídos por todos os homens, mas
apenas por alguns privilegiados.
Agora,
pensemos no processo de trabalho desenvolvido em nossa civilização.
A maioria
das pessoas recebe um salário para realizar tarefas de que, na maioria das
vezes, não percebe o sentido. Como ter prazer em um trabalho onde apenas se
aperta um botão para que uma enorme prensa de metal dê uma cor, a qual não foi
ele quem escolheu, a um tecido que talvez nunca veja pronto, e, caso o veja,
talvez não o reconheça, pois passou ainda por outras máquinas, modificando-se
muito até ficar pronto?
(...)
Hoje,
apenas alguns homens se sentem donos do mundo. E são esses homens que
determinam o que e como deve ser construído, segundo seus interesses econômicos.
Como,
então, fazer isso? Como trabalhar com prazer?
Será que quanto
indivíduo nos olhou ou quanto classe?
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