“Na sua obscura condição de animal de
trabalho, já não era amor o que a mísera desejava, era somente confiança no
amparo da sua velhice quando de todo lhe falassem as forças para ganhar a vida.
E contentava-se em suspirar no meio de grandes silêncios durante o serviço de
todo o dia, covarde e resignada, como seus pais que deixaram nascer e crescer
no cativeiro. Escondia-se de todos, mesmo da gentalha do frege e da estalagem,
envergonhada de si própria, amaldiçoando-se por ser quem era, triste de
sentir-se a mancha negra, a indecorosa nódoa daquela prosperidade brilhantes e
clara”.
Aluísio
Azevedo,O cortiço
Durante
muito tempo, o tema sobre greve de 1917 na cidade de São Paulo foi relegado ao
segundo plano, seja porque era o começo da industrialização e pouco
representava na economia nacional, ou mesmo porque não era interessante para o
grande capital mostrar à imagem dos operários na cidade de São Paulo em luta.
Podemos
perceber que há quase um século, os operários já lutavam para impor à burguesia
suas reivindicações, ou seja, para serem respeitados e ter o reconhecimento do
movimento operário como instância legítima, obrigando os patrões a negociar com
os proletários e a considerá-los em suas decisões.
A
luta dos proletários na Rússia que tomou vulto de Revolução Bolchevique em 1917
influenciou a classe operária brasileira de tal forma, que a greve geral de
julho levou mais de 100 mil operários às ruas, levantando barricadas e trocando
tiros contra a polícia até os patrões cederem as sua reivindicações.
O
governo reagia com muita repressão, como hoje. Forças policiais eram enviadas
às manifestações para dissolver o protesto, prendiam operários nas assembléias,
reuniões e nas paralisações das fábricas, comércio, funcionalismo público.
As
condições de miséria pelos baixos salários, as longas horas de trabalho,
exploração de mulheres e crianças também levaram os operários ao levante de
1917.
Vamos
começar um pouco antes, no final do século XIX. O café é nesse momento
histórico, o produto de exportação com toda a atenção voltada para si, devido o
valor alto no mercado internacional.
Jose de Sousa Martins afirma:
“Entre 1850 e 1930 o café foi o
principal artigo de exportação da economia brasileira, associado em diferentes
graus de importância e em diferentes momentos à exportação do açúcar e da
borracha. Sendo ela uma economia agrária, de tipo colonial, foi o café, desse
modo, a mercadoria principal e aquela que marcou fundo a organização social e
política da sociedade brasileira, principalmente a sociedade do Sudeste do país
– Rio de Janeiro e São Paulo – a que determinou acontecimentos social e
politicamente fundamentais a extinção do tráfico negreiro, 1850, a libertação
progressiva dos escravos negros e a abolição de escravatura, em 1888, a
proclamação da República, em 1889, a industrialização, a partir dos anos 1880,
e a Revolução de 1930, que pôs fim à hegemonia política dos grandes fazendeiros
de café”.(Martins, 2010, p.116)
Os
fazendeiros e donos de escravos não tinham interesse na extinção do tráfico
negreiro. Mas a Inglaterra com interesse comercial tem um firme propósito de
acabar com ele, e só reconhece a Independência do Brasil com a abolição dos
escravos. Assim, a abolição acontece em 1888.
Os
fazendeiros do café não podem depender de mão de obra escrava que caminha para
o seu fim, então promovem uma política de imigração de trabalhadores
estrangeiros que na maioria das vezes eram subsidiadas pelo governo do Estado.
(Martins, 2010, p.117)
São
Paulo tem um aumento extraordinário da sua população, que está com 165.468
habitantes em 1811 e passa a 2.282.279 em 1900. Devemos isso à imigração, trabalhadores
vindos de todas as partes do mundo, chegando para trabalhar nas lavouras de
café em São Paulo. (Monbeig, 1984, p.24)
Como
já havia acontecido na vinda dos escravos para o Brasil, são Paulo se torna de
novo o centro de excelência dos estrangeiros.
A
produção de café se intensifica de 147.034 sacas em 1836 chega a 1906 a
15.000.000 de sacas ao ano. (Monbeig, 1984, p.25)
E os fazendeiros do café de São Paulo vêem na
República a oportunidade de chegar ao poder. Mas havia outros que buscavam
interesses econômicos diferenciados, viam na questão agrária exportadora como
um entrave ao desenvolvimento e apostavam na diversidade econômica. O ministro
da Republica, Rui Barbosa, tentou acelerar essa política de industrialização
promovendo o crédito para fomentar o comercio e a indústria (encilhamento).
Isso se torna na prática é uma inflação. (Trevisan,2001, p.28)
Com
base na questão econômica e social à cidade São Paulo em 1917 nesse inicio do
século XX, São Paulo é uma cidade que esta passando por fortes transformações.
A
greve geral de julho de 1917 em São Paulo refletiu em vários níveis: no maior
número de greves da História brasileira, concentrado em poucos anos, até o fim
da Segunda Guerra Mundial; na realização de algumas grandes manifestações de
massa; no avanço da sindicalização; no surgimento de uma imprensa operária de
maior amplitude; na modificação das expectativas na vida quotidiana, onde
desenha a esperança de uma alteração revolucionária do sistema social ou pelo
menos a tangível possibilidade de uma vida melhor.
Essa
questão social de um quase esquecimento no final do século XIX se torna objeto
de debate tanto no nível da sociedade civil como do Estado no início do século
XX. Ecoando até o Parlamento, onde após a última década do século XIX, fora
praticamente ignorado por mais de uma dezena de anos.
A importância dos primeiros anos da formação
da classe operária, que não é indiferente à história global do país.
Vem
estimular o pensamento histórico, pois, procura fazer perceber que as
conjunturas do passado causam efeitos para nosso futuro, afinal muitos
perceberão que muitas pessoas que andam ao redor assim como muitos elementos
considerados casuais na paisagem cotidiana (nesse caso, a fábrica) estiveram
inseridos dentro de um complexo processo histórico que envolveu e ainda envolve
a cidade de são Paulo.
A
problemática proposta é que, a partir do tema, a greve geral de 1917, consiga
analisar o fato da greve como acontecimento histórico originário pela situação
trabalhista da época na cidade de São Paulo e ao mesmo tempo de que modo
diferentes posicionamentos políticos originam.
Muitas
perguntas poderão ser feitas a essa pesquisa: Industrialização no começo do
século? A imigração e o seu papel na formação da classe trabalhadora na cidade
de São Paulo? Houve política de embranquecimento? Qual o lugar do negro e do
europeu na sociedade paulistana? Quais as condições de trabalho no início do
século XX? Qual o papel da imprensa naquele período? Qual a relativização da
dos discursos da Mídia?
Era um momento histórico de grande envergadura para os
operários do mundo inteiro. Estava acontecendo uma luta com sinais de vitória
na Rússia chamada Revolução socialista. Isso com certeza refletiram nos
operários da cidade de São Paulo e também em muitos estrangeiros oriundos de
países europeus já industrializados com experiências de lutas, que contribuíram
para esse movimento acontecer.
Outro fator, é que a cidade crescia na industrialização,
no comércio e o mercado de serviço, e junto à miséria, a violência e a
crescente pobreza. Graças à grande riqueza proveniente da economia cafeeira, os
grandes barões de café obtiveram o acúmulo de capital necessário para investir
principalmente no progresso da cidade de São Paulo. Todo esse investimento em
infra estrutura somado com baixos preços dos terrenos em determinados bairros
como Mooca e Brás e também com a grande oferta de mão de obra barata dos
imigrantes que aqui chegavam em altíssima quantidade, acabou facilitando assim
a instalação de fábricas na cidade de São Paulo.
A industrialização se desenvolve com a promoção do
capital de café. As primeiras fábricas são as têxteis com a produção de algodão
e o excesso de mão de obra estrangeira. Os filhos dos fazendeiros começam a vir
estudar na cidade se tornando advogados, engenheiros, médicos, os fazendeiros
trocam o campo pela cidade, nascem os casarões da Avenida Paulista. (Monbeig,
1984, p.143)
Todas
essas transformações econômicas e sociais são influências das grandes agitações
na Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Russia. (Monbeig, 1984, p. 96)
Além
do café dá origem das fábricas com sua riqueza, também é o criador da
“última
das três grandes aristocracias do país, depois dos senhores de engenho e das
grandes mineradores, os fazendeiros de café se tornaram a elite social
brasileira. E em conseqüência (uma vez que o país já era livre e soberano) na
política também. O grande papel que São Paulo foi conquistando no cenário
político do Brasil, até chegar à sua liderança efetiva, se fez à custa do café,
na vanguarda deste movimento de ascensão, e impulsionando-o, marcham os
fazendeiros e seus interesses”. (Vangelista, 1991, pp.28e29)
A
elite que é os fazendeiros donos das terras (latifundiário) que assume o poder
econômico e o poder político. Representavam seus próprios interesses sem
intermediários, “interprete da realidade das suas plantações” da sua região, da
sua província. (Vangelista, 1991, p. 29)
Republica
seria a esperança “do povo”, não da elite idealista e sonhadora, que já tinha
dado seus primeiros passos para civilização ocidental made in França, esperança
de liberdade igualdade e fraternidade espelhado na Revolução Francesa.
José
Murilo em “Os Bestilizados” comenta que nos jornais da época afirmavam que a
participação popular foi nula na Proclamação da República, dizia:“Republica, na
voz de seus propagandistas mais radical, como Silva Jardim e Lopes Trovão, era
apresentada como irrupção do povo na política, na melhor tradição da Revolução
Francesa de 1789 a revolução adorada, como a chamava Silva Jardim”. (Carvalho 2011, p.12)
Os
jornais da época escreviam para os operários: “Saibamos ser operários e
cidadãos de uma pátria livre”. Muitas tentativas para organizar os
trabalhadores cidadãos. O cidadão era até etimologicamente, o habitante da
cidade. (Carvalho 2011, p.12)
A
participação popular, quer dizer participação do povo não existiu nem na
Proclamação da Republica, nem nas eleições. Mas que participação popular, a
elite e os intelectuais queriam? A participação comportada, sem grandes
agitações. Os trabalhadores, o povo sendo aleijado da participação popular
pelos meios legais, explode em revoltas, em greves. (Carvalho, 2011, p.70)
Porque
a participação através do voto era restrita. O imigrante que não tinha
escolhido a cidadania brasileira ou a pessoa que era analfabeta ou era mulher
não tinha o direito de votar. (Carvalho, 2011, p.84)
Quem
exercia a cidadania pelo voto, quer dizer, que tinha o direito de votar era um
eleitorado composto de funcionário público, que eram facilmente pressionados,
votavam em quem os coronéis queriam. (Carvalho, 2011, p. 86)
Os
representantes que deveriam representar o povo, representavam só eles mesmo.
Como Vangelista coloca “os grandes proprietários de terra escolhem os
candidatos e suas indicações são geralmente acatadas (...) eles governam o
Brasil e o administram para seus interesses”. (Vangelista,1991,p.30)
A
participação que havia, era explosões de revoltas como a Revolta das armas,
Revolta contra vacina e outras. (Carvalho 2011, pp 71 e 72 )
Lopreato
traz para nós em seu livro “O espírito da revolta” em um acontecimento que
demonstrou que os “cidadão” de São Paulo não estavam passivos, não estavam
apáticos de todo o conflito que sofreriam. (Lopreato, 2000, p.436)
Esse
conflito aparece na explosão de uma greve geral de 1917 que começa em uma
indústria e se torna uma greve geral em toda a capital de São Paulo, e se
alastrando por todo o estado e adjacente. (Lopreato, 2000, p.)
Greve,
diz respeito à negação de uma passividade de exploração do trabalho
assalariado. Um basta ao massacre e humilhação do trabalhador, que foi
desumanizado e coisificado pela industrialização. (Leite,1992)
A
cessação do trabalho, enquanto forma de luta, que o termo “greve” passou a ser
empregado, acontece com o surgimento da indústria. (Leite,1992)
Poderíamos
como Trevisan questionar “mas o que isso? Indústria – Operário –Greve...de que
“barulho” estamos falando? Apitos de fábrica?”(Trevisan, 2001, p.39)
O
Brasil não era determinado pela exportação, com objetivo abastecer o mercado
europeu com gêneros agrícolas de origem tropical? São Paulo como o carro chefe
dessa produção de café?
Outra
fase desse período é o começo da industrialização, as fábricas que são a
expansão das manufaturas. E essas primeiras fábricas surgem em São Paulo,
vários são os motivos dessa localidade.
Os
trabalhadores da indústria já tinham experiência de vitórias e derrotas nos
movimentos reivindicatórios desde começo do século. (Lopreato, 2000, p.216)
1791:
Greve dos trabalhadores das oficinas das Casas de Armas (Rio de Janeiro);
1815:
Greve dos pescadores (Recife);
1858:
Greve dos gráficos (Rio de Janeiro);
1863:
Greve dos ferroviários (Rio de Janeiro);
1877:
Greve dos carregadores de Santos.(Giannotti,1988)
Havia
vários jornais não ligados ao governo que contribuiu com o movimento fazendo
propaganda das reivindicações da greve.
“A greve geral de 1917 representa,..., o
marco histórico no processo de formação da classe operária como auto
constituindo-se em seu enfrentamento concreto com o capital. A singularidade
desse acontecimento histórico está na orientação e coordenação do movimento
grevista pelos anarquistas, coadjuvados pelos socialistas. O exercício da tolerância
ideológica possibilitou a ação conjunta de anarquistas sindicalistas, anarco
comunista e socialistas e deu a unidade necessária para fazer das jornadas de
julho um movimento vitorioso”. (Lopreato, 2000, p. 216)
Jacy
Seixas, na apresentação do livro de Lopreato “O Espírito da Revolta – A Greve
Geral Anarquista de 1917”, nos lembra que:
“O tratamento dispensado ao trabalhador
livre europeu, que veio substituir o negro escravo nas fazendas de café, ainda
guardava forte ranço escravocrata. Submetidos a uma exploração aviltante no
trabalho e vivendo em precárias condições de vida, muitos desses imigrantes
acabaram se rebelando contra, o patronato agrícola e retornaram aos seus países
de origem. Outros deslocaram-se para a cidade de São Paulo onde ingressaram na
ainda incipiente atividade industrial, constituindo a primeira geração de
operários fabris”. (Lopreato, 2001, p. 216)
Batalha,
nos alerta que não basta simplesmente o surgimento da indústria que
automaticamente surgia à classe operária, ou seja, simplesmente com o trabalho
assalariado precisava haver o confronto, o conflito do trabalhador com o
patrão, para poder surgir a classe operária. (Batalha, p.163)
Outra
teoria que Batalha questiona é o papel determinante dos imigrantes na organização
da classe operária. Batalha argumenta que a construção da classe operária é
lenta, porque é um processo onde vai aparecendo as contradições entre capital e
trabalho e “é muito difícil avaliar o seu peso efetivo desta classe que está em
movimento”. (Batalha, p. 166)
Por
que as greves teriam se generalizado a partir de então?
·
Lutava por aumento salarial de 10 e 15% nas
tabelas em vigor;
·
Abolição do desconto de 2% mensais em favor
do Comitato Italiano Pro Pátria, um tributo de guerra imposto pelos industriais
italianos aos seus trabalhadores.
·
Denunciaram o emprego de 200 crianças que,
além de serem prejudicadas em sua instrução e na sua saúde, indiretamente
ocupavam o lugar dos operários adultos.
No
dia 5 de maio de 1917, no Bairro da Mooca 110 tecelões da seção de lanifício do
Cotonifício Crespi, entraram em greve. “O Cotonifício Crespi empregava cerca de
2.000 trabalhadores. Era a fábrica de tecidos que dispunha do maior volume de
capital entre os estabelecimentos congêneres. O crescimento da riqueza do
industrial Crespi, no entanto, resultou para seus empregados na diminuição dos
seus salários e na deterioração das condições de trabalho”. (Lopreato, 2000, p.
167)
Outras
tecelagens entraram em greve, em junho aumentou o movimento de greves.
(Lopreato, 2000, p. 175)
Os funcionários
conquistaram os reajuste reivindicados. (Lopreato, 2000, p.109)
No
dia 9 de junho, o Cotonifício Crespi voltava, a ser palco de agitações
operárias. A greve deflagrada introduziu a polícia no cenário do conflito entre
capital e trabalho. (Lopreato, 2000, p. 112)
Na
teoria a polícia não tinha competência para intervir no conflito, mas na
prática ela assumiu o papel “guardiã dos interesses dos industriais”. (Lopreato,
2000, p. 113)
“As intimidações e as ameaças policiais, no
entanto, não abalaram a convicção dos grevistas de permanecerem de braços
cruzados”. (Lopreato,2000, p.116)
·
No dia 19 de junho, 4 operários presos;
·
Foram soltos;
·
Dia 22 de junho fechamento do Cotonifício
Crespi;
·
Dia 24 de junho, no domingo, comício de
solidariedade;
·
Dia 29 de junho, passeata de protesto 2.000
pessoas;
O
movimento grevista foi se alastrando na primeira semana de julho. A cidade
parou ficou sem pão, sem leite, sem gás, sem luz e sem transporte. Cem mil
trabalhadores param por algum tempo as suas atividades. (Lopreato, 2000, p.46)
“As agitações operárias tomaram conta da
cidade”. (Lopreato,2000,
p.47)
São
Paulo, 10 de julho de 1917. A greve tem sua primeira vítima Jose Ineguez
Martinez, sapateiro espanhol, 21 anos, o confronto entre operário e polícia
resultou em pessoas feridas e presas. Ainda foi registrado mais dois mortos
oficiais, tem fontes diversas que alegam que houve mais vítimas fatais. O
funeral reuniu 10 mil pessoas. (Lopreato, 2000, p. 29)
A greve irrompida em São Paulo
repercutiu no interior do Estado e principais cidades do país. (Lopreato, 2000,
p. 55)
Lopreato
só confirma o que Batalha diz:
“São nesses processos que a classe como
uma realidade história aparece, na medida em que os interesses coletivos se
sobrepõem aos interesses individuais e corporativos. É então que podemos falar
de formação de classe operária, não como resultado mecânico da existência da indústria
ou da abolição da escravidão, mas como processo conflituoso, mercado por
avanços e recuos, pelo fazer-se e pelo desfazer-se de classe que surge na
organização na ação coletiva, em toda a manifestação que afirma sem caráter de
classe”. (Batalha, p. 173)
BIBLIOGRAFIA:
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2000.
MARTINS, José de Souza
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Formação da Classe Operária e projetos de identidade coletiva, in: FERREIRA,
Jorge & DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (org.) – O Brasil Republicano –
I: O Tempo do Liberalismo Excludente, RJ. Civilização Brasileira, 2003, pp
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CARVALHO, José Murilo de. Os
Bestilizados o Rio de Janeiro e a republica que não foi, São Paulo: Companhia
das Letras, 2011.
GIANNOTTI, Vito.
Reconstruindo nossa história, Rio de Janeiro, vozes, 1988.
MONBEIG, Pierre. Pioneiros e
fazendeiros de São Paulo, São Paulo: Ed. Hucitec – Polis, 1984.
TREVISAN, Leonardo. A
Republica Velha, 8ª Ed. São Paulo: Global, 2001. (História Popular, nº5)
VANGELISTA, Chiara. Os braços da lavoura imigrantes e caipiras na
formação do mercado de trabalho paulista (1850-1930), São Paulo: Ed. Hucitec,
1991.
DEAN, Warren. A industrialização de São Paulo 1880-1945,
SP: Difusão Européia do Livro, 1971
FAUSTO,
Boris. Trabalho urbano e conflito social,
SP: Brasiliense, 1976
LOPREATO, Christina R. O espírito da revolta. A greve geral
anarquista de 1917, SP:Annablume, 2000
PAMPLONA, Marco Antonio. A historiografia sobre o protesto popular e
sua contribuição para o estudo das revoltas urbanas, RJ: PUC, 1991
BANDEIRA, Luiz Alberto
Moniz.
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